domingo, 24 de fevereiro de 2013

Rumo a...


Início de ano rubro negro é surpreendente


Um time desacreditado, um começo de ano animador. O time que teve um ano de 2012 pífio, começa 2013 de forma avassaladora. Vinte e dois dos vinte e quatro pontos conquistados, classificação antecipada, primeiro lugar geral, vitórias convincentes nos clássicos e bom futebol apresentado. Totalmente o oposto do ano passado.

A diretoria, que pegou uma verdadeira bomba deixada pela gestão anterior, adotou a política de “gastos zero”. Realizou boas contratações, acertou também nas dispensas de atletas e ainda deu “sorte” de contar com o surgimento de alguns garotos da base e com outros atletas mais experientes que vem retomando seu melhor futebol.

Digo sorte, entre aspas, porque no futebol tudo é muito relativo. Se o Rafinha, por exemplo, entra naquele time do ano passado, a chance dele render, o que rende hoje, era mínima. Dorival, que tanto reclamava ano passado de ter pegado o time no meio do caminho, teve sua tão desejada pré-temporada e até agora o trabalho parece ter sido muito bem feito. O time em nada lembra o de 2012. Ele mesmo melhorou muito e deixou certas convicções de lado. Tem acertado bastante na montagem do time e alterações no decorrer do jogo.

O time que era lento e dava preguiça no torcedor, deu lugar a um time dinâmico, compacto e que sabe o que faz com a bola. Elias e Ibson (que nem de longe lembra o jogador tão criticado em 2012) se entenderam muito bem no meio e têm ditado o ritmo do time. Deram essa velocidade de transição que o time tanto precisava.

A defesa vem se mostrando eficiente. João Paulo chegou e tomou conta da posição. Léo Moura, contando com a ajuda do Rafinha pelo lado direito, melhorou muito seu rendimento. Com Cáceres como cão de guarda na frente da zaga, a marcação tem sido muito bem feita, sem deixar muitos espaços aos adversários. Mas isso começa lá da frente, com os dois homens abertos sufocando a saída de bola a todo o momento. Isso reflete bem como o grupo tá consciente do que deve ser feito e compacto em campo.

Falando nos homens de frente, só gratas surpresas até agora. Hernane, tão contestado, artilheiro e jogando bem. Rafinha e Rodolfo apareceram sem muito oba oba e vêm superando as expectativas. Ainda faltam Carlos Eduardo e Gabriel pegarem ritmo de jogo, mas são dois jogadores que prometem bastante para a temporada.

A diretoria vem dando condições aos atletas e comissão técnica para desenvolverem o seu melhor. Os salários estão em dia, o grupo está sempre blindado e seguro que agora existe planejamento e pessoas sérias cuidando do futebol na Gávea. Essa confiança e tranquilidade são essenciais para o jogador de futebol. Com esse ambiente bom o jogador sabe que pode ser cobrado e talvez por isso, o comprometimento de certos atletas tenha mudado tanto com a troca de diretoria.

Esse time vem gerando uma expectativa boa pra torcida. Dá aquela vontade de tá sempre acompanhando, indo aos estádios, comprando a camisa e isso é essencial. Aquele time do ano passado afastava o torcedor. Ninguém queria saber de acompanhar, rezávamos para o campeonato acabar logo e vivíamos a expectativa da eleição no fim do ano e não do time entrar em campo.

Não dá pra dizer onde vamos chegar nesse ano, mas, cair, como muitos falavam na pré-temporada, acho inviável. Já tivemos times infinitamente inferiores e estamos na Série A até hoje. Dá pra brigar lá em cima. Uma Copa do Brasil, o G4 no Campeonato Brasileiro, não são sonhos impossíveis. Mantendo o comprometimento e com o apoio da torcida, tudo fica mais fácil. Até porque o Wallim já disse que o objetivo é ter um time nota nove pro Brasileirão. Então muita coisa boa ainda está por vir. E dessa diretoria não é bom duvidar de nada.

Abs, Ricardo Morais.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Cri, cri, crise

Crise na Gávea?


Primeiro post, justamente, sobre a “primeira crise”. Segunda-feira, logo após uma vitória no clássico contra o Botafogo, classificação e primeiro lugar geral conquistados, eis que abro o globoesporte.com e me deparo com a notícia: “Crise no novo Fla” (veja aqui). Logo abri a matéria para ver do que se tratava. Imaginava ser algum conflito entre os vice-presidentes ou algo relativo ao Pelaipe.

Mas, não. Não era nada disso. Era uma discussão, até normal dos bastidores do futebol, que culminou em uma demissão de alguém que sequer estava diretamente ligado ao futebol do clube. No lancenet li outro dia sobre os poderes de Pelaipe no clube (veja aqui). Outra notícia, no mínimo tendenciosa, sobre o relacionamento do diretor internamente no clube. Agora me responde: em qual clube isso seria motivo para uma notícia de crise? E na capa do site ainda por cima. No Flamengo é. Ainda mais em tempos de calmaria, raramente visto nos últimos anos.

Certo é que a palavra CRISE no ambiente rubro negro vende muito mais do que uma vitória no clássico ou uma classificação antecipada. Ao invés de destacaram o que o time vem fazendo dentro de campo, ficam esmiuçando os bastidores em busca de notícias negativas. É um dos preços que se paga por ser gigante.

Paz no Flamengo é algo raro. Por melhor que o time esteja em campo ou fora dele, sempre haverá oportunistas atrás de “bombas” para desestabilizar o ambiente e vender notícia. Eles só têm que entender que os tempos são outros na Gávea. Não tem vazamento de informação, roupa suja se lava em casa e contratações são tratadas internamente e com sigilo. Essa nova diretoria não faz graça pra torcida e muito menos pra imprensa. Não anunciam negociações com Kaká para amanhã trazerem o Zezinho e frustrar a nação.

Pela primeira vez vejo uma postura humilde e pés no chão. Desde o presidente ao faxineiro não tem oba oba e deslumbramento.  Todos têm consciência da situação difícil que o clube se encontra e estão tentando, da melhor forma possível, recolocar o Flamengo no topo do futebol. Tarefa que seria mais fácil sem essas insistentes insinuações para afetar o ambiente do clube. Mas é Flamengo, e aqui é contra tudo e contra todos.

Abs, Ricardo Morais.