Mano Menezes é o novo técnico do Flamengo. T-É-C-N-I-C-O.
Que fique bem claro isso. O cara não é milagreiro e não vai solucionar todos os
problemas do clube. É um grande treinador, não chegou à seleção atoa, mas vai
ter que mostrar um algo a mais agora vestindo vermelho e preto.
A torcida sabe, e os dirigentes também, que o elenco
precisa ser reforçado. Mas esse time não é tão ruim quanto parecia ser com o
Jorginho. Se o Mano conseguir incorporar o espírito de vontade e raça em campo,
já teremos um grande avanço. Nada me tira da cabeça que os jogadores queriam
derrubar o Jorginho. A apatia estava acima do normal e inaceitável em um clube como o Flamengo.
Achei o Mano a melhor escolha possível. Principalmente
avaliando o mercado e os valores absurdos que estão sendo pedidos atualmente. Contratar
um técnico, que seu último trabalho foi na Seleção Brasileira, por 500 mil
reais, não me parece nada absurdo. Tem técnico com muito menos currículo
ganhando 700 mil, num é Dorival?!
Além desse lado financeiro, a segurança de ter um técnico
de nome no banco conta muito. Com um elenco cheio de apostas, o técnico não
pode ser uma também. Tem que ter nome, qualidade, pulso firme. Ainda bem que a
diretoria reconheceu a tempo e corrigiu o erro.
Essa pausa no Campeonato Brasileiro caiu como um par de
luva pra gente. Uma luva para o Mano, que terá um período para conhecer o
elenco, identificar as carências e tentar dar um padrão de jogo para a equipe. Outra
luva para a diretoria, reforçar o elenco e respirar um pouco de toda essa pressão
vivida desde o início do Brasileirão.
“De Nação para a Nação”. Pelo menos pelas palavras, ele
parece já ter entendido o tamanho do desafio. Mas pode preparar que aqui a
Nação é diferente, é todo dia, toda hora, naquele caldeirão rubro negro que
sempre escorre o caldo.
Bem vindo Mano Menezes!
Abs, Ricardo Morais.